Como criar um orçamento familiar que faça sentido para você?

Postado em 14 de fevereiro de 2020 - Atualizado em 17 de dezembro de 2020

O endividamento tem se mostrado um problema de destaque nos últimos anos no Brasil. Ao total, mais de 65% das famílias brasileiras estavam endividadas, em dezembro de 2019. Esse foi o maior patamar desde 2010 e pode ser explicado, entre outros fatores, pela falta de planejamento e de orçamento familiar. Para não engrossar as estatísticas, o truque é se organizar.

Ao entender como distribuir as despesas e como ficar de olho nos custos, é possível aproveitar melhor o dinheiro. Além de tudo, é uma forma de alcançar objetivos em longo prazo e evitar problemas familiares.

Quer descobrir como colocar tudo isso em prática? Venha saber como fazer um orçamento familiar completo e funcional!

Por que esse planejamento é importante?

Acabamos de falar sobre o endividamento e montar um bom orçamento para a família é uma das formas de evitar o problema. Afinal, é sabendo como utilizar melhor os recursos que é possível garantir que as contas fechem no final do mês.

Só que esse planejamento tem funções que vão muito além dessa questão. É graças a ele que é viável criar planos de longo prazo e traçar o caminho até essas conquistas. Comprar a casa ou se aposentar são dois exemplos que só são possíveis por causa dessa preocupação.

Além disso, o orçamento familiar permite definir quais são as prioridades de uso do dinheiro. Em vez de gastar de forma imprevista e pouco estratégica, há a chance de definir, exatamente, para onde vai cada parte dos recursos. Ou seja: é a melhor solução para realizar sonhos e manter a segurança.

Como respeitar a individualidade de cada um?

Embora todos na família devam ter responsabilidades financeiras, é importante entender que a individualidade não pode se perder. Cada um precisa ser capaz de atender a seus gostos e interesses, sem que isso comprometa o restante das pessoas.

Por isso, o orçamento familiar deve ser planejado, também, com foco individual. O esforço coletivo é indispensável, mas não é interessante negar a cada um que possa fazer as próprias escolhas financeiras. Inclusive, isso tem a ver com realizações pessoais, como fazer um curso para subir na carreira ou melhorar a saúde. Por isso, tal questão não deve ser ignorada.

Individual ou único: qual o melhor orçamento familiar?

Quando pensamos nessa questão, é normal ter dúvidas qual é o modelo ideal para organizar as finanças da família. No orçamento individual, as contas são divididas entre as fontes de renda, de maneira proporcional. Quem recebe mais, paga mais, mas também tem uma “sobra” mensal maior.

Esse modelo pode ser interessante para garantir que tudo seja justo, em relação a quanto cada um ganha. Por outro lado, exige comprometimento e honestidade das partes para que o planejamento seja efetivo.

Já o orçamento familiar único soma todas as entradas e as despesas, sem fazer distinção sobre a origem dos recursos. Funciona para muita gente, mas requer ainda mais transparência. Para respeitar a individualidade, basta prever certa quantia para que cada um possa usar como desejar.

Como montar o orçamento da família?

Depois de definir qual é o tipo ideal, é preciso começar a colocar a mão na massa quanto ao planejamento. Logo de cara, vale a pena entender que o orçamento familiar tem que contemplar planos de curto, médio e longo prazo. Na hora de incluir a viagem do fim de ano ou a compra de um imóvel, por exemplo, sempre considere o prazo de conclusão e os impactos ao longo do tempo.

Feito isso, é hora de aplicar o seguinte passo a passo para conseguir os melhores resultados. Confira!

Faça um diagnóstico da saúde financeira

Reconhecer a situação é indispensável para conseguir se planejar corretamente. Então, verifique quanto entra de receita e quanto desse valor flutua com o tempo (como horas extras ou valor de quem é autônomo). Com uma média dos últimos meses, é possível entender quanto há disponível.

Depois, confira quais são as despesas. Monte uma planilha com todos os gastos fixos e variáveis. Se possível, identifique os principais e classifique-os de acordo com cada setor (como alimentação, moradia e lazer).

Reduza os gastos desnecessários

Com uma visão panorâmica, o próximo passo do orçamento familiar consiste em diminuir os gastos desnecessários ou supérfluos. Veja se é realmente indispensável ter tantos canais na TV a cabo ou se a conta do celular pode ser reduzida. A intenção não é apenas poupar e, sim, rever o que é prioridade e o que pode deixar de fazer parte do orçamento.

Mesmo que uma redução pareça pequena, ela já vai fazer a diferença no final do mês. Então, considere isso para melhorar a organização.

Controle os custos fixos

Os custos fixos são aqueles que não mudam ou que acontecem todo mês, dentro de uma média. Gastos com aluguel, condomínio, conta de energia e alimentação básica são alguns deles — e todos merecem atenção.

Confira se vai ocorrer algum reajuste em determinado período ou se há como reduzir ainda mais a conta. Dessa maneira, é possível garantir o melhor uso dos recursos.

Poupe e invista

Depois de colocar tudo em ordem e prever quanto deve seguir para cada área, é preciso pensar em começar a economizar. Com as pequenas mudanças ao longo do tempo, a família consegue economizar. Torne isso um hábito e passe a poupar.

Com o dinheiro acumulado, parta para os investimentos. Você pode escolher o Recibo de Depósito Cooperativo (RDC), por exemplo. Assim o dinheiro rende e fica ainda mais fácil cumprir o orçamento familiar.

Bônus: como manter o planejamento em dia?

Tão importante quanto criar esse plano de uso dos recursos é garantir que ele se mantenha ao longo do tempo. Para tanto, é essencial investir em certas dicas que ajudam no controle. A seguir, veja como manter o orçamento em dia!

Pense em recompensas pelas metas

Para incentivar a família a manter a disciplina financeira, vale a pena criar um sistema de recompensas. Esticar a viagem de férias ou fazer passeios extras pode ser uma forma de mostrar que é interessante que todo mundo se comprometa.

Converse abertamente com a família

Também é indispensável manter a transparência e conversar com todos da família. Para os filhos, a educação financeira é essencial. Com o cônjuge, é fundamental ser honesto com as contas e com os ganhos. No caso de gastos imprevistos, o diálogo também é a melhor situação.

Faça as adaptações necessárias

O orçamento não precisa ficar sempre igual ao longo do tempo. Um reajuste na mensalidade da escola, uma despesa extra ou uma nova compra em vista exigem adaptações. Acompanhe o planejamento e, a partir daí, realize todas as mudanças exigidas.

Montar um bom orçamento familiar é indispensável para cuidar melhor das finanças e garantir a realização de sonhos. Com essas dicas, é possível fazer com que você tenha todas as condições para manter os recursos em dia!

Se quiser mais dicas como essas, acompanhe nossas publicações no LinkedIn e fique sempre por perto!

LEIA TAMBÉM