É comum associar a inflação aos preços altos no supermercado e à sensação de que o dinheiro não tem mais tanto valor quanto costumava ter. Contudo, poucas pessoas entendem o que é inflação, como ela acontece e como proteger o patrimônio dos seus efeitos.
Nesse cenário de incertezas, ninguém quer ver sua renda diminuir por não entender as instabilidades do mercado financeiro. É por isso que, neste conteúdo, você poderá compreender a definição desse conceito, como ele impacta sua vida e maneiras de se proteger. Confira!
Em linhas gerais, a inflação é um percentual indicativo de variações no IPC – Índice de Preços ao Consumidor. Assim, baseando-se nos preços praticados no mercado, é possível verificar se a moeda está valorizada ou não.
Quando a inflação está muito elevada, isso quer dizer que o dinheiro tem menos valor, e o cidadão tem menor poder de compra. Ou seja, você precisará gastar mais para comprar um mesmo produto.
Embora a maioria das pessoas associe a expressão “inflação” a produtos mais caros, não é ela que causa esse aumento. Trata-se apenas de um conceito utilizado pelos economistas para nomear essa subida dos preços, representando um aumento no custo de vida, já que ela impacta todos os segmentos do mercado.
É importante destacar que nem sempre a presença da inflação significa algo ruim. Quando o aumento dos preços acontece de forma controlada ao longo dos anos, o reajuste dos salários também consegue acompanhar essa progressão e o consumidor não é impactado.
O problema acontece quando os preços sobem muito e em um curto espaço de tempo.
A alta da inflação é um assunto recorrente nos noticiários. Afinal, o aumento dos preços impacta diretamente o quotidiano das pessoas. O que pouca gente sabe é que a inflação é subdividida em diversos tipos. Confira os principais a seguir.
A inflação de demanda acontece quando ocorre um crescimento econômico muito acelerado sem que seja acompanhado por políticas públicas adequadas.
Baseando-se na lei da oferta e da demanda, sempre que a última aumenta desenfreadamente e a primeira não consegue acompanhar, a escassez leva os preços a aumentarem.
No caso da inflação de oferta, os preços começam a subir em decorrência do aumento dos preços de insumos. Ou seja, do custo de produção de bens ou serviços essenciais.
Mesmo que a demanda permaneça equilibrada, se os custos aumentam muito, o preço final repassado ao consumidor também vai ser maior.
Já a inflação estrutural é um conceito desenvolvido por economistas ligados à Comissão Econômica para América Latina e Caribe – CEPAL, decorrente das deficiências estruturais do país. Ou seja, carências na cadeia produtiva como logística, por exemplo.
Greves generalizadas nos transportes e danos expressivos a uma via essencial são alguns exemplos que encarecem o preço final dos produtos em pouco tempo.
Para os economistas, a hiperinflação nada mais é do que um aumento acelerado, generalizado e muito expressivo dos preços em um curto espaço de tempo.
Ela sai do controle do Estado e faz com que a moeda local perca valor de forma exponencial, corroendo a economia do país em um curto lapso temporal.
Agora que você já sabe o que é inflação, é interessante entender sobre a sua relação com a Taxa Selic.
Essa é a taxa básica de juros no Brasil. Conforme o Banco Central, seu percentual acusa quanto o Governo paga a título de juros para quem compra títulos de dívida pública do Tesouro Nacional.
Ela é usada tanto para calcular juros de financiamentos, consórcios e empréstimos quanto rentabilidade de investimentos. Dessa forma, uma das principais funções da Taxa Selic é contribuir para a regulação da inflação.
Isso acontece por meio do controle que a Taxa representa dos juros fornecidos ao mercado. Sempre que ocorre sua oscilação, os produtos bancários tendem a ficar mais caros ou mais baratos. Com isso, o custo do crédito pode acelerar ou refrear o consumo.
Como a inflação é resultado de um processo e não pode ser fixada por uma entidade, manipular a Taxa Selic é uma maneira de controlar a economia.
Por exemplo, sempre que o IPCA (Índice de preços no consumidor) está muito alto, o Copom (Comitê de Política Monetária) aumenta a Selic. Como consequência, o crédito fica mais caro, e as pessoas consomem menos.
A inflação impacta diretamente o bolso de todos os cidadãos. Algumas consequências são facilmente percebidas nas prateleiras do supermercado ou no aumento do custo de vida.
É fácil perceber que o dinheiro está valendo menos. Mas essa não é a única consequência.
O aumento desenfreado dos preços acarreta um cenário de incertezas que desaceleram o crescimento econômico e deixa os investidores mais cautelosos.
Dessa forma, o planejamento financeiro é prejudicado, tanto na esfera particular quanto pública. Isso se reflete ainda no aumento do custo da dívida pública.
Para reduzir seu impacto nas finanças, uma dica importante é escolher bem seus investimentos e diversificar sua carteira. Com isso, você consegue proteger seu patrimônio e alcançar uma rentabilidade superior aos avanços da inflação.
Além de impactar na sua rotina e no seu bolso, a inflação também impacta seus investimentos, tendo em vista que reduz seus ganhos.
Isso acontece porque, se a inflação estiver muito alta, seu rendimento será proporcionalmente menor. Imagine que suas aplicações rendem 12% ao ano. Se o índice de inflação for de 13%, não ocorrerá rentabilidade real, por exemplo.
Para evitar que isso aconteça, é recomendável ter atenção à Taxa Selic. Como ela tende a ficar maior quando a inflação está elevada, investimentos que usem esse índice podem ser mais atrativos e estáveis.
Entender o que é inflação e quais seus impactos é muito adequado para manter seu patrimônio seguro e superar as oscilações da economia. Mas lembre-se de escolher uma boa instituição financeira, como uma cooperativa de crédito sólida, para garantir a proteção do seu dinheiro.
Essas dicas foram úteis para você? Então, continue por aqui e saiba mais sobre diversificação de investimentos e por que isso é importante na hora de montar sua carteira.