Saber como lidar com o dinheiro não precisa ser coisa apenas de adultos. A educação financeira para crianças é muito bem-vinda e é capaz de oferecer diversos pontos positivos. Por isso, a educação financeira para crianças deve ser uma das suas preocupações.
Falar com o seu filho sobre dinheiro faz com que o pequeno tenha mais consciência sobre o uso dos recursos. Isso facilitará bastante na infância e será especialmente importante no futuro. Bons hábitos criados desde cedo reduzem os riscos de inadimplência ou descontrole das finanças mais tarde.
Mas como abordar esse tema? A seguir, veja dicas essenciais para tratar de educação financeira para crianças!
Não existe uma idade mínima para começar a falar no tema, mas é preciso entender o nível de compreensão da criança. A partir dos 3 anos, ela já fala e absorve bem novos conhecimentos. Além disso, é nessa fase em que o pequeno está disposto a ajudar e participar de forma intensa. Trata-se, portanto, de uma boa hora.
No entanto, não é o caso de esperar o terceiro aniversário e, no dia seguinte, falar sobre dinheiro. Introduza o assunto de maneira natural, de acordo com as necessidades e situações do cotidiano. Assim, o tema ficará leve e o aprendizado será mais efetivo.
Apesar de não ter regras específicas para ensinar sobre dinheiro, vale a pena seguir alguns passos. Dessa forma, o processo será mais simples e seu filho entenderá melhor toda a relação com o dinheiro. Na sequência, veja como acertar na educação financeira infantil!
Quando o pequeno já tiver idade para administrar o próprio dinheiro, é interessante oferecer mesada. Essa é a primeira chance que a criança tem para lidar com o próprio dinheiro e receber as orientações necessárias.
Não é preciso dar um grande valor mensalmente, mas é importante manter a consistência. Faça um acordo com seu filho e conte para que serve a mesada, qual valor ele vai receber e o que pode fazer com o dinheiro.
Para criar bons hábitos, vale dar o dinheiro sempre no mesmo dia, a cada mês. Assim, o pequeno vai se planejar para as 4 semanas com maior facilidade.
Conforme pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pelo portal Meu Bolso Feliz, observa-se que 26% das mães brasileiras dão esse valor mensal, que costuma ser oferecido a partir de 9 anos e ter uma média de R$ 123,00. No seu caso, vale adaptar o que for melhor para a sua realidade.
Ao falar em educação financeira para crianças, é essencial entender que a compreensão infantil pode ir além do que você imagina. Não é porque um tema financeira é “papo de adulto” que não é possível simplificá-lo para explicá-lo aos mais jovens.
Quer um exemplo? Basta pensar no cartão de crédito. Sem orientação, é normal que os pequenos achem que o cartão é uma forma “mágica” de comprar, já que não é necessário pagar.
Para desconstruir essa ideia, o melhor é ensinar sobre o limite de cartão ou como ele “adia” o pagamento para a data da fatura. Também vale a pena falar sobre a função das instituições financeiras e até sobre a cobrança de juros em caso de atrasos. Você pode usar exemplos, metáforas e termos simples, pois o importante é passar a ideia certa.
Quando já existe uma mesada e alguns conceitos foram explicados, é necessário partir para uma das bases da educação financeira para crianças: a capacidade de poupar. Isso é indispensável para o presente e para o futuro, então não pode ser deixado de lado.
Mostre como é relevante ter disciplina e guardar dinheiro, em vez de gastá-lo todo de uma vez. Você pode disponibilizar um cofrinho para estimular o hábito de poupar. Também pode fazer um combinado de dobrar o valor que o pequeno juntar ao final do mês ou do ano, por exemplo, como forma de incentivo e mérito.
Demonstre que economizar permite realizar muitos sonhos e que essa é uma ótima forma de comprar aquele brinquedo incrível ou de visitar um parque.
Esse assunto tem recebido tanta importância que há diversos livros lúdicos sobre a educação financeira para crianças. Essas obras têm uma linguagem fácil, são repletas de desenhos e trazem conceitos relevantes para os pequenos.
Especialmente para as jovens, recorrer a essas obras é uma ótima forma de abordar o assunto de uma forma leve. Também vai facilitar a compreensão e permitirá que as crianças tenham mais interesse sobre o tema.
A educação financeira para crianças se torna especialmente efetiva quando passa para a prática. Por isso, vale a pena permitir que seu filho comece a fazer parte de algumas decisões importantes.
Na hora de fazer o mercado, por exemplo, peça ajuda para respeitar o orçamento ou escolher alguns itens em conta. Quanto ao planejamento do mês, contar com a colaboração de crianças maiores é essencial para evitar gastos extras.
Quanto mais seu filho se sentir incluído nessas questões, maior será o interesse dele pelo assunto. Assim, será possível consolidar os conceitos relevantes.
Ao mesmo tempo, há algumas questões na educação financeira para crianças que devem ser evitadas. Uma delas é trocar responsabilidades por dinheiro. Não pague para que seu filho estude ou tome banho, pois isso pode prejudicar a disciplina e até a relação com o dinheiro. É essencial saber que algumas obrigações não são remuneradas — é como a vida funciona.
Também é importante evitar dar muitos “passes livres” quando o assunto é dinheiro. Não compre tudo o que a criança pede e, em vez disso, relembre o papel de poupar e de se planejar.
Principalmente, é indispensável dar o exemplo. Então, não cometa o erro de usar mal o seu dinheiro e de deixar isso claro para seu filho. Ela aprenderá por repetição e os demais esforços podem ser comprometidos. Em vez disso, elabore controles financeiros e mostre como você também cuida dos recursos.
A educação financeira para crianças ajuda a criar um relacionamento saudável com o dinheiro e é essencial para o futuro. Com essas dicas, será possível colocar tudo isso em prática e aproveitar os melhores resultados!
Para ter outras dicas e acompanhar as novidades, assine nossa newsletter e não perca nada!
A Unicred é uma instituição financeira cooperativa, cujo objetivo é fornecer crédito e prestar serviços aos seus cooperados.